domingo, 22 de fevereiro de 2009
sábado, 21 de fevereiro de 2009
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Estudo Garagem Bar - Cuiabá / set.2007 - Arquitetura Marlem Vilela
Texto: Marlem Vilela
Ilustração: Euzébio Silveira
de arquiteto para arquiteto...
Fechamos e abrimos ciclos. De vida!!!
Fazemos muito mais do que planos. Nós financiamos emoções.
Somos artistas porque sabemos que a arte nasceu para entendermos que a vida não nos basta.
Assim é o arquiteto!!!
Parafrasear Ferreira Gullar, poeta contemporâneo:
"Destruir a arte é tirar do homem uma de suas mais importantes conquistas,
é destruir o imaginário."
Nossa poética é uma constante procura em qualquer projeto, seja de vida, de amor e de tantos temas que buscamos á satisfação do nosso égo.
O desenho, como a poesia, mais do que qualquer outra forma de escrita, é algo indefinível, como a própria noção de eternidade.
Esse é o verso nosso de cada dia, o TRAÇO!!!
Onde o que seja permitido é o desaprender os limites...
Sonhar.
fusão e profusão de palavras.
Poesia+Arquitetura+Musica= Arte
Aquilo que amplia as nossas vidas,
que nos faz sonhar.
Sonhos feitos de sons,
sonhos feitos de pedra,
sonhos feito de palavras,
não importa,
o que importa é : SONHAR!!
Por que preservar?
Texto: Marlem Vilela
Essa pergunta está intimamente ligada a outras indagações relativas a quem se deve preservar e a que interesses devem se ater às intervenções preservadoras.
Preservar, diz o Mestre Aurélio, é livrar de algum mal, manter-se livre de corrupção, perigo ou dano, conservar, defender e resguardar.
Todas essas providências, deveriam estar incidindo sobre a totalidade do patrimônio histórico da cidade. Se um desses elementos não é respeitado dentro do conjunto se desarmoniza e se desequilibra.
Se devemos preservar as características de uma sociedade teremos forçosamente que manter conservadas as suas condições mínimas de sobrevivência implicitada no meio ambiente e nos seus costumes; para que as futuras gerações possam conhecer sua identidade cultural.
Ecléa Bosi (2003), escritora e autora do livro O tempo vivo da memória: ensaio de psicologia social, relata alguns dados inéditos da vida privada colhidos em pesquisa, “ alerta os urbanistas da necessidade de se ouvir os moradores de estarmos aberto a sua memória, que é a memória de cada rua, de cada bairro. Recuperar a dimensão humana do espaço é um problema político dos mais urgentes, diz ela.
Se levarmos em consideração, a metodologia da recuperação do patrimônio cultural, arquitetônico e histórico de Cuiabá, vê-se o descaso como são efetuados os projetos de intervenções que deveriam auxiliar no resgate dessa cultura local. Nenhuma intervenção que tenha por finalidade salvaguardar as condições físicas de um monumento poderá ser considerada como trabalho de restauração se não proporcionar ao observador a fruição plena e legítima, que permita a leitura dessa mensagem histórica.
Deve-se ressaltar que a substituição dos materiais em uma edificação histórica é uma atuação que ocorre em terceira instância.
A primeira é detectar as causas de deterioração para eliminá-las, na medida do possível. A segunda, a consolidação, é uma delicada intervenção que consiste em paralisar a perda do material.
A terceira, troca-se o material utilizado originalmente por outro de aspecto de comportamento adequado pretendendo elevar a durabilidade do conjunto, conservando o máximo o material original.
Sem um trabalho honesto, correto no seu mais alto nível profissional, em um futuro próximo teremos nossa arte, nossa cultura e nossa história substituída por inexpressivos blocos de concreto estreitando ainda mais o conhecimento das nossas futuras gerações. Falo isso por amor a cidade.
Zank Boutique Hotel - Salvador / BA Arquitetura Marlem Vilela / 2005
Texto: Marlem Vilela
Entre o projeto e a obra concluida foram 4 anos. Acho que o tempo foi o necessário para a elaboração de um bom projeto nesse perfil a qual se propõe o ZANK Hotel Boutique, onde a preocupação sempre foi com os detalhes arquitetônicos, a restauração histórica, funcionalidade,e uma atenção toda especial com os interiores onde o hóspede sempre esteve em primeiro plano.O partido adotado no projeto responde a um só tempo ás condicionante topográficas do terreno, e ao caráter da arquitetura que se pretendia para esse empreendimento.O que se propõe não é apenas um edifício, mais um conceito arquitetônico com ênfase na espacialidade interna, objetivando a integração dos anexos,a cultura local, e a integração dos usuários,a paisagem construída (entorno) e a paisagem natural que foi a musa inspiradora desse projeto com a máxima flexibilidade dos espaços construídos.A dificuldade topográfica define a implantação e desenha a intenção arquitetônica dos anexos contemporâneos.
Estes são interligados por um pátio de circulação horizontal / vertical onde a cada nível o hóspede, o espectador, se transporta para a paisagem que se revela surpreendentemente.
O casarão sempre foi o ponto de partida principal desse projeto, e sendo assim,
restaurar sua arquitetura é restaurar nossa cultura, um pedaço da história local.
Deu-se aos anexos, uma tentativa de colocar dois momentos arquitetônicos de forma harmônica, transpassada por uma passarela que faz a ponte entre antigo e o novo.
O casarão trata-se de um estilo eclético, datado aproximadamente do séc. XIX, onde seus elementos arquitetônicos reverenciam o clássico, o barroco, e o renascimento. vestígios de uma escola européia que influenciou a cultura ocidental até o início do sec.XX.Preservar o casarão sempre foi a grande preocupação, interferir de forma harmônica levando em consideração fatores limitantes, topografia, gabarito, e outros.
Quis trabalhar uma arquitetura com volumes puros, bem definidos, ângulos retos
dimensões em diálogos.Formas contundentes que expressam clareza.
O projeto se apropria do solo, compõe com a declividade e interage com os atributos
do terreno. Faz a sua própria identidade.
A fachada principal dos anexos são propositalmente implantadas em um diálogo constante com a paisagem que se debruça sobre a baia do Rio Vermelho.
Voltada para a nascente proporciona o sol abundante e conveniente sombreamento, criando atmosferas agradáveis num jogo de claro e escuro nos interiores e ambientes de circulação.
É nesse contexto arquitetônico de simplicidade que gerou soluções criativas;
Um prisma vertical em linhas retas e aberturas generosas favorecendo a contemplação do exterior.
É como se o hotel ficasse estendido ao longo da paisagem.
"A arquitetura é simplesmente um desenho na paisagem."...
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
Cervejaria Patriota - Heineken / Arquitetura Marlem Vilela - out. 2008
Texto: Marlem Vilela
Foto: Marlem Vilela
Simples e compacto foi o programa solicitado pelos clientes.
Desta imposição tirei partido para uma arquitetura contemporânea, de racionalidade formal, com personalidade individual / própria.
Pensei em algo conciso que transgredisse as regras do contexto e com áres cosmopolita, mais que não perdesse a possibilidade de ser democrático por excelênc