domingo, 20 de junho de 2010

Acessibilidade


A muito falamos de acessibilidade . Acessibilidade significa não apenas permitir que pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida participem de atividades que incluem o uso e acesso a produtos, serviços e informações , mas a inclusão e extensão do uso destes por todas as camadas sociais. Na arquitetura e no urbanismo, a acessibilidade tem sido uma preocupação constante nas últimas décadas. O artigo 5º da Constituição Federal estabelece o que se convencionou a chamar de direito de ir e vir de todos os cidadãos brasileiros. Ou seja, qualquer pessoa, livre ou não de deficiência ou mobilidade reduzida, deve ter o direito de poder chegar facilmente a qualquer lugar. A liberdade a que me refiro neste caso, é aquela que possibilitaria com que caminhássemos pelos passeios públicos sem nos deparar com desníveis, buracos, inexistência de ligação entre ruas e calçadas, rampas fora dos padrões, lixeiras, pontos de ônibus, bancas de jornais, bueiros destampados, ambulantes e pisos escorregadios. Segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), 24 milhões de brasileiros ou 15% da população possuem mobilidade reduzida temporária ou permanente. Um universo que cresce ainda mais se levarmos em consideração os idosos, obesos e as gestantes.
Quando se planeja um empreendimento, a questão do custo da construção é inevitável. Todavia, projetar incorporando características universais ou adaptáveis ao conceito de projeto, desde o início, normalmente gera pouco custo adicional à obra, por permitir que especificidades sejam adicionadas apenas quando necessárias. A arquitetura inclusiva é aquela que garante ambientes apropriados, não só para idosos ou pessoas portadoras de deficiência, mas toda e qualquer classes sociais.