A chegada da pedra portuguesa ao Brasil


No Brasil, a escolha de Pereira Passos para prefeito do Rio de Janeiro no alvorecer do Século XX veio abrir um novo ciclo de desenvolvimento urbano para a cidade. Já era um homem septuagenário, havia estudado em Paris, onde bebeu da experiência revolucionária que Haussmann empreendera na cidade, após a derrota da Comuna, rasgando avenidas majestosas e dando à capital francesa a feição que guarda ainda hoje. Conhecido como o "bota abaixo", Pereira Passos arrasou com o morro do Castelo, pondo por terra cerca de 600 casas e rasgando a fórceps a chamada Avenida Central, em 1905, que seria rebatizada de Avenida Rio Branco, dois dias depois da morte do Barão, em 1912.
Para calçar a nova Avenida, fez vir de Portugal um grupo de calceteiros portugueses e, também, as pedras portuguesas (calcáreo branco e basalto negro). A quantidade era enorme e, além de calçar toda a Avenida, com desenhos variados, conforme o local onde era aplicado, as pedras ainda foram calçar, em 1906, a Avenida Atlântica, construída também por sua iniciativa, viabilizando os bairros de Copacabana e do Leme através da abertura do túnel do Leme no início daquele ano.
Pereira Passos foi o grande modernizador da cidade do Rio de Janeiro. Deve-se a ele, igualmente, a decisão de construir o Teatro Municipal, uma reprodução menor do Teatro da Ópera de Paris, onde buscou inspiração e até obras dos artistas que a ornamentaram, como foi o caso do atelier parisiense do mosaicista Gian Domenico Facchinna, o grande italiano da região do Frioul, a quem a História deve a invenção do mosaico de colocação indireta. Mas esta é outra história para outro capítulo, a ser contada depois com mais detalhes.
As importações de pedras portuguesas efetuadas por Pereira Passos nunca mais se repetiram. Logo foram identificadas enormes jazidas próximas ao Rio de Janeiro, mas a denominação das pedras ficou. Hoje, suas extrações são variadas e espalhadas por todo o país, mas é de se destacar o Paraná como um dos maiores fornecedores.Em Copacabana, o desenho das ondas, imitando o mar, ficou para sempre com a cara do bairro, tornando-se um logotipo internacional. O desenho foi trazido pelos calceteiros portugueses, mas não tinha então a volúpia curvilínea que se nota hoje. Um bom testemunho é a foto, muito divulgada desde 1922, retratando a marcha dos 18 do Forte que no dia 5 de Julho daquele ano rebelaram-se contra o governo e fizeram um pacto de morte, enfrentando as forças legalistas infinitamente mais numerosas e mais equipadas. Do movimento, sobreviveram apenas dois oficiais, com muitos ferimentos: os tenentes Siqueira Campos e Eduardo Gomes. O gesto heróico iria marcar o início do movimento tenentista, que teria presença avassaladora na vida política do país até a morte do último "tenente", o marechal Cordeiro de Farias, no início do governo Figueiredo. Mas este já é outro mosaico, o mosaico da vida política brasileira, para ser conversado em outro espaço. Para concluir, vale observar que o primeiro calçamento de "ondas", criado e executado pelos calceteiros portugueses, não levava em consideração as ondas da praia, ignorando o padrão conceitual de dar-lhes "continuidade" ao movimento das ondas. Ao contrário, as "ondas" do desenho original eram modestas em sua curvatura e perpendiculares às ondas do mar.
O paralelismo só foi adotado no início dos anos 30, depois que mais uma ressaca das grandes arrebentou com boa parte do piso. Mais pra frente, durante a grande reforma dos anos 70, que duplicou a pista e a extensão da praia, o paisagista Roberto Burle Marx assumiu a responsabilidade de refazer a orla.


Foto de Copacabana nos anos 20

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Sobre o azul do mar da Tailândia /Original Vision Architecture. Phuket

A inspiração veio das rochas e do horizonte. Ao brotar do terreno, a edificação toma o molde de uma queda d’água: seus níveis se entrelaçam e se recortam, terminando a face sul na ponta de uma piscina de água salgada, semelhante ao trampolim onírico









domingo, 29 de janeiro de 2012

Casa X / Arquitetura X / La Tola, Valle de Tumbaco, Quito, Equador

"Por não possuir um terreno quando decidimos projetar a nossa casa, desenvolvemos um esquema básico que poderia funcionar em Quito ou nos vales a leste da cidade; isto implicou sintetizar nossa experiência numa forma abstrata, inspirada na obra de Donald Judd, que poderia estar localizada em qualquer um dos lotes que provavelmente encontraríamos uma caixa aberta, cujo limite espacial seria a cordilheira oriental e ocidental." Diz os Arquitetos











Arquitetos: Arquitectura X
Ano: 2007
Endereço: La Tola, Valle de Tumbaco Quito Equador

Casa em Joanópolis / UNA Arquitetos / Joanópolis - São Paulo

A casa foi projetada para amigos que freqüentavam a Fazenda Carambó, a dois quilômetros de distância, onde construímos um pavilhão em 2002. A região é uma terminação da Serra da Mantiqueira, com mil metros de altitude, na divisa entre São Paulo e Minas Gerais.















Arquitetos: Una Arquitetos - Cristiane Muniz, Fábio Valentim, Fernanda Barbara, Fernando Viégas
Ano: 2008
Área construída: 433 m²
Área do terreno: 4383 m²
Materialidade: Vidro e Concreto
Localização: Joanópolis, SP, Brasil

Villa Midgård / Arquitetura DAPstockholm / Estocolmo - Suécia

Este projeto do escritório DAPstockhol, traduziu em uma casa de múltiplas facetas, que se configura com base ao terreno as condições de luz, as vistas e a privacidade. Os volumes geram, então, sete diferentes fachadas,que dá ao projeto diferentes ângulos, construídos em aço corten e especialmente correspondendo as espectativas dos clientes quanto uma construção sólida, isolada,e sem grandes manutenções.















Arquitetos: DAPstockholm
Ano Projeto: 2011
Área construída: 300 m²
Localização: Estocolmo, Suécia
Fotógrafo: ÅkeE:sonLindman