A arte que compõe cada ambiente deste apartamento...

Além da óbvia paleta cromática regional, as decorações deste lar aposta na dualidade da desorganização organizada. Na sala de estar, livros estão empilhados de modo despojado sobre um aparador baixo ao lado da janela. Em outro canto, os CDs aglomeram-se próximos ao aparelho de som e à guitarra. Há quadros pendurados – sem seguir um alinhamento claro – e outros pelo chão, meramente apoiados sobre a parede. Ao lado de um antigo sintetizador, revistas sobre revistas formam pilhas com mais de um metro de altura. Ainda assim, o caos nesta morada não se estabelece. Talvez pela amplitude dos espaços e pela alvura de quase tudo neles. O ar é de descontração, um quê artístico, um toque de rock & roll rebelde e aconchego ao mesmo tempo.

domingo, 20 de janeiro de 2013

Curiosidade Anatômica...

Artista desenha caveiras a partir dos seus objetos!!!
Olhe bem para as imagens das estantes montadas pelo artista James Hopkins e tente adivinhar qual é a sua obsessão. Um olhar mais atento perceberá um olho ali, um buraco nasal aqui, uma arcada dentária logo abaixo... Lançando mão de tudo o que pertence ao mundo da decoração, Hopkins organiza prateleiras de forma a criar macabras ilusões de óptica. Da disposição dos objetos, surge sempre a figura de um crânio humano. São livros, relógios, instrumentos musicais, globos, garrafas, caixas de som, luminárias, frutas, molduras, taças, copos, flores, travessas, castiçais, espelhos e diversos outros adereços, todos compondo a mesma forma de caveira.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

A Fotografia de Marcel Gautherot

O Anatomia é ilustrado por uma série de fotos de Marcel Gautherot, esse gênio francês da fotografia que impressionado com o Brasil, fotografou momentos incriveis do modernismo brasileiro.
Filho de pais pobres - a mãe operária e o pai pedreiro - viveu a Paris dos anos 20 e foi muito cedo aprendiz numa escola de arquitetura. Nesses anos flerta com o movimento Bauhaus e com as obras de Le Corbusier, deixando incompleto um curso de arquitetura.
Em 1936 participa do grupo que seria responsável pela instalação do Musée de l”Homme e é encarregado de catalogar as peças do museu, começando aí a se dedicar à fotografia. Influenciado pela leitura do romance moderno de Jorge Amado - Jubiabá - decide conhecer o Brasil. Chega ao Brasil em 1939 onde viveu e trabalhou por 57 anos.
Fixa residência no Rio de Janeiro e passa a freqüentar o círculo de intelectuais ligados ao modernismo, conhece Rodrigo Melo Franco de Andrade, Carlos Drummond, Mário de Andrade, Lúcio Costa, Burle Marx, entre outros. Começa a fazer trabalhos de fotografia para o SPHAN, o Museu do Folclore e trabalha para a revista O Cruzeiro.