O centro da capital gaúcha traz diversos prédios históricos de diferentes estilos arquitetônicos.
A cidade de Porto Alegre, especialmente sua região central, é um museu arquitetônico a céu aberto. Quem caminha pelo centro da cidade pode observar prédios históricos com diferentes estilos arquitetônicos, refletindo influências que fizeram época na capital gaúcha. Separei algumas construções em destaque, que visitei, para você se inspirar e, quem sabe, aproveitar seu tempo livre e fazer um passeio pela história da arquitetura.
Biblioteca Pública
A Biblioteca Pública de Porto Alegre, na esquina das ruas Riachuelo e General Câmara, começou em 1912, com projeto de Affonso Hebert. Porém, o projeto original sofreu alterações para agradar aos positivistas que dominavam a política neste mesmo. Medalhões com efígies de celebridades da literatura foram substituídos por figuras históricas cultuadas por Augusto Conte, criador do Positivismo.
A primeira fase da construção foi finalizada em 1915, completando o bloco de frente à Rua Riachuelo. Em 1919, foi iniciada a ampliação da parte dos fundos, sob responsabilidade do engenheiro Teófilo Borges de Barros. A estrutura foi terminada apenas em 1921, quando se passou à decoração. O diretor da biblioteca e poeta Victor Silva, que ficou incumbido desta parte, inspirou-se na Igreja Saint Geneviève de Paris.
Casa de Cultura Mario Quintana
O prédio da Casa de Cultura era, originalmente, um hotel de luxo, chamado Hotel Majestic. Foi lá, entre 1968 e 1982, que o poeta Mario Quintana viveu. O prédio, projeto do arquiteto alemão Theodor Wiederspahn, foi o primeiro grande edifício de Porto Alegre em que se utilizou concreto armado.
Em 1980, o antigo prédio do Majestic foi comprado pelo Banrisul. Dois anos mais tarde, o Governo do Estado do Rio Grande do Sul adquiriu o Majestic do Banrisul. Em 1983, o prédio foi considerado patrimônio histórico, tendo início, então, sua transformação em Casa de Cultura.
A obra de transformação física do Hotel em Casa de Cultura, entre elaboração do projeto e construção, foi de 1987 a 1990. O projeto arquitetônico foi assinado pelos arquitetos Flávio Kiefer e Joel Gorski, que tiveram o desafio de planejar 12 mil metros quadrados de área construída para a área cultural, em 1.540 metros quadrados de terreno. A casa foi reaberta em setembro de 1990.
Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli (Margs)
O prédio ocupado atualmente pelo Margs na Praça da Alfandêga tem quase 5 mil metros quadrados e foi projetado pelo arquiteto alemão Theo Wiederspahn. Construído em 1913 para abrigar a Delegacia Fiscal, ele passou a ser sede do Margs em 1978. A construção oponente com seus vitrais e mármores era símbolo do ideal de progresso da república positivista gaúcha do início do século passado. O prédio foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1981. Três anos mais tarde, passou a integrar o patrimônio cultural do Rio Grande do Sul. Em 1985 foi contemplado com o tombamento definitivo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário