arquitetar

"Procurar as orgânicas,os movimentos espontâneos,isto é, compreender a natureza para depois demarcar na geografia.A construção também tem que ser uma desconstrução.É necessário reflectir e inflectir.Procurar estar na essência da geometria.Resolver, encontrar o arco, ligar dois pontos, enfrentar um projeto e uma ideia, empreender uma lógica, um mundo."

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Um Mito sobre as Bromélias


Dizem que as Bromélias são criadouros do mosquito da dengue, o texto abaixo da Sociedade Brasileira de Bromélias vem esclarecer esse mal entendido, afinal as bromélias são plantas da nossa flora brasileira e devemos protegê-las e não estinguí-las.


Sociedade Brasileira de Bromélias.

Entenda a ecologia da bromélia, e como o Aedes aegypti entra nessa estória.

O tanque que algumas bromélias desenvolvem no imbricamento de suas folhas NÃO É UMA POÇA D'ÁGUA. Ela é SIM, UM POÇO DE VIDA. A diferença é que uma poça d'água (pratinhos, pneus, garrafas e plásticos), ainda que possa abrigar OCASIONALMENTE algumas formas de vida, é uma água parada, um ambiente inerte. O tanque da bromélia, contudo, é uma estrutura vital da planta e assim como os intestinos dos animais, abriga MUITAS formas de vida, das quais ela depende para se nutrir e sobreviver.

A POÇA D'ÁGUA: Armazenada ao acaso, a água da chuva passa a ser rapidamente colonizada pelos organismos menos especializados. Em ecologia, chama-se isso EUTROFICAÇÃO. A partir de alguns poucos nutrientes, surgem determinadas algas e bactérias (POUCAS ESPÉCIES, ALGUMA QUANTIDADE). Em poucos dias, aparecem as larvas dos mosquitos, entre eles, o Aedes aegypti. Essa fase dura pouco. A água se turvará, se não chover, ou secará.

O TANQUE DA BROMÉLIA: As bromélias tanque-dependentes começam a guardar água antes de seu primeiro ano de vida. Essa água , protegida pelo ambiente das folhas, se transforma num pequeno mas rico ecossistema em muito pouco tempo. POUCA ÁGUA SE EVAPORA DAÍ, MUITA É CONTINUAMENTE ABSORVIDA PELA PLANTA, suprindo-a com nutrientes e evaporando pela superfície da folha. A sucessão de formas de vida é muito intensa e o resultado é uma CALDA repleta de organismos (MUITAS ESPÉCIES, GRANDE QUANTIDADE) que competem entre si, numa cruenta interdependência ecológica.


O Aedes aegypti - Muitos colecionadores ficaram alvoroçados com a ameaça do dengue e passaram a monitorar de forma obsessiva suas plantas. O resultado foi surpreendente: PRATICAMENTE NÃO FORAM ENCONTRADAS LARVAS DE AEDES AEGYPTI. Mesmo aqueles que não aplicavam inseticidas, não encontravam larvas do Aedes aegypti em suas plantas. Coleções grandes e, especialmente aquelas situadas próximo às florestas, não acusavam a presença do mosquito e, quando eram encontradas larvas, pertenciam a mosquitos dos gêneros Culex e Anopheles , nativos de nossa fauna.

Um comentário:

  1. Oi, Marlem
    Adorei a explicação, bem clara e precisa.
    Tenho um jardim em casa bem grande, com bastante bromélias. Na prática, já vinha sentindo que as plantas não causavam, os malefícios que no inicio se propagou. Por sorte,continuei com meu jardim.
    Lendo, agora, fiquei mais tranquila ainda.
    Abraços e ótima semana

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