arquitetar

"Procurar as orgânicas,os movimentos espontâneos,isto é, compreender a natureza para depois demarcar na geografia.A construção também tem que ser uma desconstrução.É necessário reflectir e inflectir.Procurar estar na essência da geometria.Resolver, encontrar o arco, ligar dois pontos, enfrentar um projeto e uma ideia, empreender uma lógica, um mundo."

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Cerro Santa Lúcia / Santiago

O cerro Santa Lucía, na região central de Santiago, é o lugar ideal para quem quer visitar um parque com arquitetura diferente, fazer exercício subindo 70 metros de escadas e rampas e -como recompensa pelo esforço- ter uma visão panorâmica de 360 graus da capital do Chile com a cadeia de montanhas dos Andes ao fundo.Localizado no bairro Lastarria, na região central da cidade, o pequeno morro andou mal-freqüentado nos últimos anos, teve problemas de segurança, mas se recuperou e voltou a ser um ponto querido de santiaguinos e turistas. Em 1983, ele foi declarado monumento histórico nacional. A cidade de Santiago foi fundada aos pés do Santa Lucía, em um acampamento indígena mapuche às margens do rio Mapocho, em 13 de dezembro de 1541, pelo conquistador espanhol Pedro de Valdivia. Ele foi batizado em homenagem a Santa Lucía de Siracusa. Antes, chamava-se Huelén, que significa "dor, sofrimento" na língua dos índios.
O cerro era, no início, um mirante e ponto de reconhecimento da cidade para os conquistadores. No início do século 19, transformou-se em uma fortaleza das tropas leais ao rei da Espanha.Sua configuração atual, como parque público, com bosques, parques, monumentos, mirantes e jardins, foi criada pelo intendente Benjamín Vicuña MacKenna nos anos 1870, como parte de um projeto urbanístico para a cidade, semelhante ao aplicado pelo barão de Haussmann em Paris ou por Pereira Passos no Rio de Janeiro.Os projetos urbanísticos da época previam a demolição de cortiços, a abertura de amplas avenidas e a criação de parques públicos -como o Santa Lucía. Tudo para preparar as capitais para a então anunciada modernidade.
A capela (que infelizmente fica fechada), os prédios e os caminhos foram construídos naquela época e são muitas vezes comparados às construções do arquiteto catalão António Gaudí.
Hoje, para visitar o parque de 65.300 m², é necessário apresentar um documento de identidade na entrada, por questão de segurança. Há dois caminhos principais para subir, um mais íngreme, outro mais suave. Ao longo da subida, vários monumentos, praças, bosques e vistas merecem atenção.
Enfim, quem consegue chegar ao mirante tem uma visão privilegiada da cidade. Com um pouco de sorte, a vista não será nublada pela poluição. Com um pouco mais de sorte, o cume das montanhas dos Andes vai estar coberto de gelo. Mas, em todo caso, o caminho até lá já vai ter valido a pena.


 




 
 


 







 
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário