Anos de trabalho,enfim foi inaugurada em setembro de 2010 na Província de Bergamo, Itália, a Cattedrale Vegetale, O projeto foi idealizado pelo já falecido artista italiano Giuliano Mauri, que tinha a intenção de criar um interessante contraste das igrejas de pedra com a natureza. Uma imensa estrutura com 42 coluna e 5 corredores construídos com 1.800 troncos de abeto, 600 de castanheiro e 6.000m de troncos de aveleira unidos entre si por madeiras flexíveis, estacas, pregos e cordas que foram unidos através de uma antiga arte de entrelaçamento. Ao longo dos anos quem vai interferir na catedral é a natureza, já que o projeto prevê o crescimento de espécies entre os troncos, as estações do ano vão interferir bastante no visual da catedral, a deixando bela independente da época!
"A Cattedrale Vegetale hoje é considerada patrimônio natural, cultural e religioso da Itália".
arquitetar
"Procurar as orgânicas,os movimentos espontâneos,isto é, compreender a natureza para depois demarcar na geografia.A construção também tem que ser uma desconstrução.É necessário reflectir e inflectir.Procurar estar na essência da geometria.Resolver, encontrar o arco, ligar dois pontos, enfrentar um projeto e uma ideia, empreender uma lógica, um mundo."
quinta-feira, 30 de junho de 2011
terça-feira, 28 de junho de 2011
Olhar antropológico e a preocupação com o social de Lina Bo Bardi
Na década de 40, São Paulo começa a dar
novos sinais de inquietação, demonstra uma vontade
de sair do impasse da inércia estética, e forma-se
um pensamento coletivo voltado para a
modernidade. A Semana da Arte Moderna de 1922
era já então simples lembrança de reuniões
turbulentas, genericamente antiacadêmicas, mas
sem propostas positivas de certo valor. Era
necessário recuperar o tempo perdido, abrindo-se ao
novo estilo modernista.
Masp
A obra de Lina Bo Bardi se apóia
basicamente na criação de museus, centros de
cultura e de diversões, teatros, espaços de múltiplas
utilidades relacionadas com a criação. Uma das
características da sua produção.
"o museu de arte deve se
dirigir às massas, a missão da arquitetura é
transformar a vida”. Lina Bo Bardi
Daí seu comprometimento com
obras que traduzissem cultura, que de algum modo
resgatassem a memória coletiva, incentivassem a
comunicação humana, valorizassem a
espontaneidade e a criação e integrassem as
manifestações artísticas, tanto a popular como a
erudita.
Sesc Pompeia
quarta-feira, 15 de junho de 2011
Um Mito sobre as Bromélias
Dizem que as Bromélias são criadouros do mosquito da dengue, o texto abaixo da Sociedade Brasileira de Bromélias vem esclarecer esse mal entendido, afinal as bromélias são plantas da nossa flora brasileira e devemos protegê-las e não estinguí-las.
Sociedade Brasileira de Bromélias.
Entenda a ecologia da bromélia, e como o Aedes aegypti entra nessa estória.
O tanque que algumas bromélias desenvolvem no imbricamento de suas folhas NÃO É UMA POÇA D'ÁGUA. Ela é SIM, UM POÇO DE VIDA. A diferença é que uma poça d'água (pratinhos, pneus, garrafas e plásticos), ainda que possa abrigar OCASIONALMENTE algumas formas de vida, é uma água parada, um ambiente inerte. O tanque da bromélia, contudo, é uma estrutura vital da planta e assim como os intestinos dos animais, abriga MUITAS formas de vida, das quais ela depende para se nutrir e sobreviver.
A POÇA D'ÁGUA: Armazenada ao acaso, a água da chuva passa a ser rapidamente colonizada pelos organismos menos especializados. Em ecologia, chama-se isso EUTROFICAÇÃO. A partir de alguns poucos nutrientes, surgem determinadas algas e bactérias (POUCAS ESPÉCIES, ALGUMA QUANTIDADE). Em poucos dias, aparecem as larvas dos mosquitos, entre eles, o Aedes aegypti. Essa fase dura pouco. A água se turvará, se não chover, ou secará.
O TANQUE DA BROMÉLIA: As bromélias tanque-dependentes começam a guardar água antes de seu primeiro ano de vida. Essa água , protegida pelo ambiente das folhas, se transforma num pequeno mas rico ecossistema em muito pouco tempo. POUCA ÁGUA SE EVAPORA DAÍ, MUITA É CONTINUAMENTE ABSORVIDA PELA PLANTA, suprindo-a com nutrientes e evaporando pela superfície da folha. A sucessão de formas de vida é muito intensa e o resultado é uma CALDA repleta de organismos (MUITAS ESPÉCIES, GRANDE QUANTIDADE) que competem entre si, numa cruenta interdependência ecológica.
O Aedes aegypti - Muitos colecionadores ficaram alvoroçados com a ameaça do dengue e passaram a monitorar de forma obsessiva suas plantas. O resultado foi surpreendente: PRATICAMENTE NÃO FORAM ENCONTRADAS LARVAS DE AEDES AEGYPTI. Mesmo aqueles que não aplicavam inseticidas, não encontravam larvas do Aedes aegypti em suas plantas. Coleções grandes e, especialmente aquelas situadas próximo às florestas, não acusavam a presença do mosquito e, quando eram encontradas larvas, pertenciam a mosquitos dos gêneros Culex e Anopheles , nativos de nossa fauna.
Saarinen Vanguarda e Modernidade
Eero Saarinen foi um dos mais prolífico e polémico designer do século 20
Eero Saarinen nasceu em 1910, em Kirkkonumi, na Finlândia. Ganhou um concurso de design em 1922 quando tinha 12 anos de idade, talvez devido à sua sensibilidade artística educada em Hvitträsk, lugar onde seu pai, o arquiteto Eliel Saarinen, e os seus sócios construíram as suas casas e escritórios, sendo usualmente ponto de encontro de diversas pessoas ligadas à arte.
Eero Saarinen cresce num meio onde as artes desempenham um papel muito importante no seu quotidiano, aprendendo desde muito novo características como o empenho pela qualidade e profissionalismo e a noção de que um determinado "objeto" deveria ser usado de acordo com um contexto mais alargado: "uma cadeira para uma sala, uma sala para uma casa, uma casa para um lugar e um lugar para uma cidade".
Entre 1929 e 1930 estudou Escultura na Grande Chaumière, Paris, decidindo-se pela Arquitetura quando, em 1930, regressa aos Estados Unidos para estudar arquitetura na Universidade de Yale, concluindo o curso em 1934.
Após a conclusão do curso resolveu fazer uma viagem de dois anos pela Europa. Regressou a Bloomfield Hills em 1936, tendo iniciado a sua atividade como docente no Cranbrook Institute of Architecture and Design, do qual seu pai era diretor, tornando-se seu sócio e formando a "Saarinen and Saarinen", tendo desenvolvido em conjunto inúmeros projetos até à morte de Eliel Saarinen em 1950.
Ganhou em 1940 dois prémios de Design de Mobiliário juntamente com Charles Eames.
A sua obra começa a ser relevante a partir de 1947 quando ganha o concurso de arquitetura para o "Jefferson National Expansion Memorial" em St. Louis, tendo oportunidade de fazer um trabalho não só como homenagem a Jefferson e aos Estados Unidos mas também à era moderna. Para tal considerou que fazer um arco seria o mais adequado, tanto do ponto de vista formal como simbólico, à semelhança do projeto proposto pelo arquiteto italiano Adalberto Libera para a Exposição Universal de Roma, em 1942. O arco era constituído por uma curva parabólica com 162 m, tendo sido construído só em 1963.
Mas é na década de 50 que Saarinen tem oportunidade de executar alguns projetos com um carácter manifestamente personalizado, como: o Auditório Kresge no Massachusetts Institute of Technology, entre 1953 e 1955, composto por uma cobertura curva apoiada apenas em três pontos; o Estádio de Hóquei da Universidade de Yale, cuja cobertura é composta por um arco central de dupla curvatura fazendo o vão longitudinal, enquanto que o transversal se desenvolve com uma superfície de revolução, também de dupla curvatura; o Terminal da Trans World Airlines (TWA) do Aeroporto John Fitzgerald Kennedy, em Nova Iorque, entre 1956 e 1962, cuja cobertura é composta por duas grandes superfícies curvas com uma clara alusão a formas aladas, amarradas ao chão por apoios que se vão diluindo nas superfícies de contacto; e o Aeroporto de Dulles, em Washington, entre 1958 e 1962, cujo edifício era composto por uma superfície em forma de catenária apoiada por pilares oblíquos em relação ao solo, tendo resultado uma solução muito eficaz do ponto de vista compositivo, técnico e funcional, criando no seu interior um desenvolvimento lógico, tanto das áreas de circulação como das áreas de repouso. Integra também esta obra a Torre de Controlo, assemelhando-se a um pagode chinês, que, inserida nesse conjunto, evidencia a grande indecisão na síntese, que se manifesta na heterogeneidade de toda a sua obra.
Faleceu em 1961. Recebeu a medalha do American Institute of Architects, atribuída a título póstumo.
Com a leveza de um traço simples, a mesa Tulip/Saarinen, um dos maiores exemplos do design atemporal, é presença constante nas ambientações de interiores contemporâneos. Criada originalmente com tampo e base circulares, tinha como objetivo possibilitar o uso com várias cadeiras por não possuir pernas nas extremidades. A inovação de seu desenho é traduzida em sua base delgada que se une ao tampo em um refinado apoio por formas de cones convexos, distribuindo elegantemente as cargas aplicadas.
Eero Saarinen nasceu em 1910, em Kirkkonumi, na Finlândia. Ganhou um concurso de design em 1922 quando tinha 12 anos de idade, talvez devido à sua sensibilidade artística educada em Hvitträsk, lugar onde seu pai, o arquiteto Eliel Saarinen, e os seus sócios construíram as suas casas e escritórios, sendo usualmente ponto de encontro de diversas pessoas ligadas à arte.
Eero Saarinen cresce num meio onde as artes desempenham um papel muito importante no seu quotidiano, aprendendo desde muito novo características como o empenho pela qualidade e profissionalismo e a noção de que um determinado "objeto" deveria ser usado de acordo com um contexto mais alargado: "uma cadeira para uma sala, uma sala para uma casa, uma casa para um lugar e um lugar para uma cidade".
Entre 1929 e 1930 estudou Escultura na Grande Chaumière, Paris, decidindo-se pela Arquitetura quando, em 1930, regressa aos Estados Unidos para estudar arquitetura na Universidade de Yale, concluindo o curso em 1934.
Após a conclusão do curso resolveu fazer uma viagem de dois anos pela Europa. Regressou a Bloomfield Hills em 1936, tendo iniciado a sua atividade como docente no Cranbrook Institute of Architecture and Design, do qual seu pai era diretor, tornando-se seu sócio e formando a "Saarinen and Saarinen", tendo desenvolvido em conjunto inúmeros projetos até à morte de Eliel Saarinen em 1950.
Ganhou em 1940 dois prémios de Design de Mobiliário juntamente com Charles Eames.
A sua obra começa a ser relevante a partir de 1947 quando ganha o concurso de arquitetura para o "Jefferson National Expansion Memorial" em St. Louis, tendo oportunidade de fazer um trabalho não só como homenagem a Jefferson e aos Estados Unidos mas também à era moderna. Para tal considerou que fazer um arco seria o mais adequado, tanto do ponto de vista formal como simbólico, à semelhança do projeto proposto pelo arquiteto italiano Adalberto Libera para a Exposição Universal de Roma, em 1942. O arco era constituído por uma curva parabólica com 162 m, tendo sido construído só em 1963.
Mas é na década de 50 que Saarinen tem oportunidade de executar alguns projetos com um carácter manifestamente personalizado, como: o Auditório Kresge no Massachusetts Institute of Technology, entre 1953 e 1955, composto por uma cobertura curva apoiada apenas em três pontos; o Estádio de Hóquei da Universidade de Yale, cuja cobertura é composta por um arco central de dupla curvatura fazendo o vão longitudinal, enquanto que o transversal se desenvolve com uma superfície de revolução, também de dupla curvatura; o Terminal da Trans World Airlines (TWA) do Aeroporto John Fitzgerald Kennedy, em Nova Iorque, entre 1956 e 1962, cuja cobertura é composta por duas grandes superfícies curvas com uma clara alusão a formas aladas, amarradas ao chão por apoios que se vão diluindo nas superfícies de contacto; e o Aeroporto de Dulles, em Washington, entre 1958 e 1962, cujo edifício era composto por uma superfície em forma de catenária apoiada por pilares oblíquos em relação ao solo, tendo resultado uma solução muito eficaz do ponto de vista compositivo, técnico e funcional, criando no seu interior um desenvolvimento lógico, tanto das áreas de circulação como das áreas de repouso. Integra também esta obra a Torre de Controlo, assemelhando-se a um pagode chinês, que, inserida nesse conjunto, evidencia a grande indecisão na síntese, que se manifesta na heterogeneidade de toda a sua obra.
Faleceu em 1961. Recebeu a medalha do American Institute of Architects, atribuída a título póstumo.
Com a leveza de um traço simples, a mesa Tulip/Saarinen, um dos maiores exemplos do design atemporal, é presença constante nas ambientações de interiores contemporâneos. Criada originalmente com tampo e base circulares, tinha como objetivo possibilitar o uso com várias cadeiras por não possuir pernas nas extremidades. A inovação de seu desenho é traduzida em sua base delgada que se une ao tampo em um refinado apoio por formas de cones convexos, distribuindo elegantemente as cargas aplicadas.
Iluminar é preciso !!!!
A iluminação é uma das maneiras mais fáceis de economizar energia. A mudança para soluções mais eficientes produz um impacto imediato na utilização de energia, nas emissões de CO2 e no meio ambiente, melhorando igualmente a qualidade da iluminação. Apesar da grande variedade de modelos, as luminárias não são projetadas para atender fins específicos. A distribuição de luminárias em um ambiente prevê avaliações técnicas e soluções de design apropriadas a cada situação. Por esse motivo que num projeto de iluminação a análise das condições do ambiente se torna tão importante.
Tipos de lampadas:
Incandescentes:
Essas lâmpadas possuem baixa eficência luminosa e apenas 5% da energia elétrica consumida é tranformada em luz, sendo os outros 95% transformada em calor. Modelos que dispomos:
classic, vela, bellalux, bolinha, mini spot, anti inseto, baixa tensão, siccatherm.
Halógenas:
Semelhantes às lâmpadas incandescentes, as lâmpadas de gás halógeno possuem algumas vantagens adicionais como luz mais branca e uniforme, além de a longo prazo ser mais eficiente. Modelos que dispomos: halopin, halopar, haloline, halostar, halospot, decostar.
Fluorescentes:
As lâmpadas fluorescentes são dividas em tubulares e compactas, sendo a segunda de alta eficiência energética, com até oito vezes maior duração que as incandescentes. Modelos que dispomos: compactas, compactas eletrônicas, tubulares, circulares.
Descarga de alta pressão:
São lâmpadas de longa durabilidade, em formato tubular e elipsoidal, diferem pela sua emissão de luz. Modelos que dispomos: vapor metálica, vapor de sódio, vapor de mercúrio.
O primeiro aspecto a ser considerado na iluminação de um ambiente é a fonte luminosa, ou seja, a lâmpada que iremos utilizar. Isto quer dizer que para sugerirmos ou aplicarmos algum tipo de luminária primeiro temos que saber qual tipo de lâmpada que irá atender às nossas necessidades. Dessa forma teremos um melhor aproveitamento do potencial de iluminação, e a partir daí, poderemos escolher uma luminária adequada ao ambiente em questão.
Fonte: Iluminar
Banheiros, um elegante refugio em sua casa
Quando falamos em banheiro, imaginamos um espaço pequeno, compacto, sem vida ou referência. A modernidade, entretanto, trouxe novas características para as construções atuais e uma delas é a concepção dos banheiros.
O banheiro é um dos lugares mais importantes em uma casa. Ele é um ambiente de refúgio, conforto e busca do equilíbrio. É nele que as pessoas se sentem mais a vontade.Um banheiro bem projetado, com aparência moderna e uma linda decoração impressiona a todos, além de trazer uma sensação de bem-estar e conforto para os usuários.
Os Banheiros contemporâneos viraram verdadeiras salas de arte.
O banheiro é um dos lugares mais importantes em uma casa. Ele é um ambiente de refúgio, conforto e busca do equilíbrio. É nele que as pessoas se sentem mais a vontade.Um banheiro bem projetado, com aparência moderna e uma linda decoração impressiona a todos, além de trazer uma sensação de bem-estar e conforto para os usuários.
Os Banheiros contemporâneos viraram verdadeiras salas de arte.
terça-feira, 14 de junho de 2011
Design contemporâneo brasileiro ,Irmãos Campana na vanguarda do design internacional
cardboard Lamp Poltrona Anêmona
O que dizer de dois irmãos super talentosos?
Um é advogado, mas preferiu ser artesão! O outro é arquiteto, e enveredou pela trilha do design. Humberto e Fernando Campana, a partir de 1983 começaram a trabalhar juntos em um ateliê que Humberto tinha aberto no centro da cidade de São Paulo em 1979. De lá prá cá, com a produção de uma série de peças de apelo conceitual, passaram a ser notados, e acabaram por ser conhecidos e reconhecidos no cenário internacional do design.Em 1998 eles foram internacionalmente reconhecidos, sendo chamados a produzir a cadeira Vermelha pela empresa italiana Edra, além de terem sido chamados pelo Museu de Arte Moderna de Nova York, o MoMA, a participar de uma exposição sobre design que este realizava.
Poltrona Corallo
cadeira sushi
O que dizer de dois irmãos super talentosos?
Um é advogado, mas preferiu ser artesão! O outro é arquiteto, e enveredou pela trilha do design. Humberto e Fernando Campana, a partir de 1983 começaram a trabalhar juntos em um ateliê que Humberto tinha aberto no centro da cidade de São Paulo em 1979. De lá prá cá, com a produção de uma série de peças de apelo conceitual, passaram a ser notados, e acabaram por ser conhecidos e reconhecidos no cenário internacional do design.Em 1998 eles foram internacionalmente reconhecidos, sendo chamados a produzir a cadeira Vermelha pela empresa italiana Edra, além de terem sido chamados pelo Museu de Arte Moderna de Nova York, o MoMA, a participar de uma exposição sobre design que este realizava.
Poltrona Corallo
cadeira sushi
segunda-feira, 13 de junho de 2011
Lugar de todos os lugares...Burle Max, a arte de um paisagista iluminado
Desenhista, pintor, escultor, musicista, cenógrafo, figurinista, criador de projetos de jóias, tapetes, jardins. Nasceu no dia 04 de agosto de 1909, numa ampla e confortável casa na Avenida Paulista, projetada por René Thiollier, conhecida como " Vila Fortunata", na cidade de São Paulo.Era o quarto filho de Cecília Burle (de origem pernambucana e portuguesa) e de Wilhelm Marx, judeu-alemão, nascido em Stuttgart e criado em Trier (cidade natal de Karl Marx, primo de seu avô). A mãe, exímia pianista e cantora, despertou nos filhos o amor pela música e pelas plantas. Roberto a acompanhava, desde muito pequeno, nos cuidados diários com as rosas, begônias, antúrios, gladíolos, tinhorões e muitas outras espécies que plantava no seu jardim. Com a ama Ana Piascek aprendeu a preparar os canteiros e a observar a magia da germinação das sementes no jardim e na horta domiciliar.
Nos anos 50, já com um estilo definido, singular e plenamente aceito e consagrado em todo o mundo, funda a empresa Burle Marx e Cia. Ltda., em sociedade com o irmão mais novo Siegfried e com a colaboração dos arquitetos José W. Tabacow e Haruyoshi Ono. Foi também o irmão que, em 1949, havia encontrado aquilo que o artista considerou o " lugar ideal" para abrigar a sua grandiosa coleção de plantas tropicais e estufas: o sítio Santo Antônio da Bica. Localizado em Barra de Guaratiba, com 365.000 m2, era uma antiga fazenda de café, desativada e abandonada, onde passou a viver e a trabalhar, depois de reformar a antiga casa da fazenda, construir escritório e ateliê. O sítio hoje pertence à Fundação Pró-Memória, a quem cabe zelar pelo patrimônio artístico, fazer a manutenção dos jardins e estufas, lagos e quedas d'água, que já foram comparados com os jardins de Monet, em Giverny, na França.
Vista do Aterro do Flamengo
Burle Marx, sem dúvida, é um profissional singular no paisagismo nacional e também no cenário mundial. Ele enalteceu a utilização das espécies nativas e inovou o desenho dos jardins, uma vez que esteve ligado ao Modernismo. Suas soluções incluem grandes manchas coloridas e outros recursos, como espelhos d'água, mosaicos portugueses, seixos e pedras. Imprime em suas criações um toque cênico, certamente devido à sua brilhante vocação artística, tirando partido da forma, cor, textura e luminosidade dos vegetais, com forte expressividade. Suas obras, como os jardins do Itamaraty e Aterro do Flamengo, entre tantas outras, São referências fundamentais para o nosso paisagismo.
Jardim da residência Gilberto Strunck, Petrópolis RJ
Jardim em Inhotim
Arquitetura de Terra Crua , uma solução para o futuro
O uso da terra crua como matéria prima para construções remonta a mais de 10 000 anos, sendo a África e o Médio Oriente as regiões onde foram encontrados os registros mais remotos do domínio das técnicas de Arquitetura de terra.
Projeto: Anna Heringer / Taipa de Pilão
Um sistema milenar, a variedade e a aplicação dos materiais e técnicas construtivas em terra crua são numerosas. Nos dias atuais, esse tipo de arquitetura chega com força como solução para minimizar os impactos ambientais
Tais técnicas, transpostas para um contexto contemporâneo, podem proporcionar, além de ambientes construídos diferenciados, uma mudança no modo de construção latente no momento, visando, além do próprio espaço construído, edificações que zelem pela sustentabilidade, reduzindo a emissão de carbono no seu processo de produção e proporcionando o resgate de uma tradição cultural.
Fonte: DETHIER, Jean. Arquitetura de Terra, ou o futuro de uma tradição milenar. Paris: Editions du Centre George Pompidou, 1986.
Projeto: Anna Heringer / Taipa de Pilão
Um sistema milenar, a variedade e a aplicação dos materiais e técnicas construtivas em terra crua são numerosas. Nos dias atuais, esse tipo de arquitetura chega com força como solução para minimizar os impactos ambientais
Tais técnicas, transpostas para um contexto contemporâneo, podem proporcionar, além de ambientes construídos diferenciados, uma mudança no modo de construção latente no momento, visando, além do próprio espaço construído, edificações que zelem pela sustentabilidade, reduzindo a emissão de carbono no seu processo de produção e proporcionando o resgate de uma tradição cultural.
Fonte: DETHIER, Jean. Arquitetura de Terra, ou o futuro de uma tradição milenar. Paris: Editions du Centre George Pompidou, 1986.
Paredes Vivas - Vertical Gardens
Uma tecnologia que permite que jardins sejam construídos em paredes, com irrigação e adubação automática e a possibilidade de reunir diversas plantas até mesmo dentro de apartamentos pequenos, promete ser a solução para a falta de verde nas grandes cidades. Tendência já forte na Europa, os jardins verticais são cada vez mais usados em empresas e residências de São Paulo para deixar ambientes mais agradáveis - sem a necessidade de uma área com terra ou de tempo disponível.
As"Paredes vivas" tornou-se rapidamente uma forma de arte para muitas pessoas, e um dos artistas pioneiros do jardim vertical é Patrick Blanc, Botânico frances. Ele observou como as plantas foram capazes de crescer na vertical, sem a necessidade de solo no estado selvagem, e logo desenvolveu uma maneira de criar arte nas paredes com vegetação e que precisava de pouca manutenção. Uma vez que estas paredes vivas só pesavam aproximadamente 30 kg ou menos, por metro quadrado, ele percebeu que quase qualquer tipo de parede seria capaz de suportar o peso de um jardim vertical. Há muitos exemplos surpreendentes de jardins verticais em todo o mundo. Aqui está uma lista de algumas das paredes mais criativas e bonitas que existem no mundo.
Os jardins verticais podem ser cultivados em praticamente qualquer tipo de parede, com ou sem o uso do solo, e podem ser colocadas em paredes exteriores e interiores. Enquanto não há escassez de água para a parede viva, nenhum solo é necessário. Essas incríveis quintas aéreas são capazes de literalmente dar vida a um edifício velho e degradado no meio da cidade e estão a tornar-se cada vez mais populares no interior de edifícios de escritórios, casas e lojas por causa de sua beleza e propriedades de purificação natural do ar.
sexta-feira, 10 de junho de 2011
Fundação Iberê Camargo - Arquitetura Alvaro Siza - Porto Alegre / RS
"A arte, para mim, foi sempre uma obsessão. Nunca toquei a vida com a ponta dos dedos. Tudo o que fiz, fiz sempre com paixão"
Iberê Camargo
Inalgurado em 2008, junto ao rio Guaíba na cidade de Porto Alegre o edifício da Fundação Iberê Camargo. É sem dúvida uma verdadeira obra de arte da arquitetura contemporânea. O projeto tem como autoria o arquiteto português Alvaro Ciza. O museu é marcado por um grande volume vertical a que responde aos espaços de exposições em três níveis, onde são interligados por passarelas suspensas que cortam a fachada principal e que a cada nível a surpresa revelada atravéz de pequenas aberturas avista-se a paisagem urbana e faz o elo com o interior do edifício. Este é o primeiro projeto do arquiteto em terras brasileiras. Tendo sido premiado com o Leão de Ouro na Bienal de Arquitetura de Veneza em 2002. Arquitetada com tecnologia de ponta, a nova sede é o primeiro prédio cultural do Brasil construído dentro de todas as normas internacionais de segurança e atendimento. Considerado por profissionais da área um marco internacional em arquitetura e soluções em engenharia, a obra já recebeu a visita de milhares de pessoas, entre estudantes, estudiosos de arte e arquitetura, críticos e curiosos pelo projeto.
O que chama a atenção na obra é o edifício principal do museu. A estrutura de fechamento foi toda construída em concreto branco armado. Concreto cinza convencional, apenas nos elementos não-aparentes. As paredes maciças dos lados sul e oeste são retas e quase ortogonais. A outra parede tem um formato ondulado, e dela saem três rampas, também executadas em concreto branco armado, que interligam três pavimentos internos do prédio. Esses pisos, que abrigarão um total de nove salas de exposição, são construídos em formato de L, de maneira a formar, na parte interna do edifício, um átrio com a altura da própria estrutura.
Iberê Camargo
Inalgurado em 2008, junto ao rio Guaíba na cidade de Porto Alegre o edifício da Fundação Iberê Camargo. É sem dúvida uma verdadeira obra de arte da arquitetura contemporânea. O projeto tem como autoria o arquiteto português Alvaro Ciza. O museu é marcado por um grande volume vertical a que responde aos espaços de exposições em três níveis, onde são interligados por passarelas suspensas que cortam a fachada principal e que a cada nível a surpresa revelada atravéz de pequenas aberturas avista-se a paisagem urbana e faz o elo com o interior do edifício. Este é o primeiro projeto do arquiteto em terras brasileiras. Tendo sido premiado com o Leão de Ouro na Bienal de Arquitetura de Veneza em 2002. Arquitetada com tecnologia de ponta, a nova sede é o primeiro prédio cultural do Brasil construído dentro de todas as normas internacionais de segurança e atendimento. Considerado por profissionais da área um marco internacional em arquitetura e soluções em engenharia, a obra já recebeu a visita de milhares de pessoas, entre estudantes, estudiosos de arte e arquitetura, críticos e curiosos pelo projeto.
O que chama a atenção na obra é o edifício principal do museu. A estrutura de fechamento foi toda construída em concreto branco armado. Concreto cinza convencional, apenas nos elementos não-aparentes. As paredes maciças dos lados sul e oeste são retas e quase ortogonais. A outra parede tem um formato ondulado, e dela saem três rampas, também executadas em concreto branco armado, que interligam três pavimentos internos do prédio. Esses pisos, que abrigarão um total de nove salas de exposição, são construídos em formato de L, de maneira a formar, na parte interna do edifício, um átrio com a altura da própria estrutura.
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