A Caixa branca se equilibra em penhasco à beira-mar.
De alguns projetos de Oscar Niemeyer (e de muitos dos seus seguidores) dizia-se que pareciam espaçonaves aterrissadas no planeta, vindas de algum ponto distante do cosmo. A mesma observação não soaria descabida se feita a esta casa em Calpe, na costa leste da Espanha, projetada pelo escritório Fran Silvestre Arquitectos. Não pelas curvas espetaculares do mestre carioca, que daqui passaram longe, mas pelo absoluto contraste estabelecido entre o branco retilíneo da morada e as formas orgânicas da exuberante natureza ao redor.
Posicionada em um penhasco à beira do Mediterrâneo, com vista estonteante, a construção até tenta seguir o contorno natural da colina - não se sustentaria ali se o desenho não o fizesse -, mas seu encanto reside justamente no fato de parecer flutuar no ar. Como se fosse uma caverna isolada em meio à natureza, a casa possui estrutura de lajes de concreto armado que permite uma boa adaptação à topografia do terreno, evitando que ele tivesse de ser mexido.
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