arquitetar

"Procurar as orgânicas,os movimentos espontâneos,isto é, compreender a natureza para depois demarcar na geografia.A construção também tem que ser uma desconstrução.É necessário reflectir e inflectir.Procurar estar na essência da geometria.Resolver, encontrar o arco, ligar dois pontos, enfrentar um projeto e uma ideia, empreender uma lógica, um mundo."

sexta-feira, 7 de maio de 2021

Galeria de Desenhos de Richard Rogers / Rogers Stirk Harbour + Partners, LE PUY-SAINTE-RÉPARADE, FRANÇA

Rogers Stirk Harbour + Partners (RSHP) com Château La Coste apresentam o trabalho final de Richard Rogers que começou antes de sua aposentadoria em junho de 2020. Château La Coste, uma área de 500 hectares de excepcional beleza natural é um destino internacional, conhecido pela arte e arquitetura.
Localizada no vinhedo Château La Coste, a Richard Rogers Drawing Gallery é uma galeria de 120 metros quadrados que se ergue em uma encosta entre árvores acima de uma estrada romana histórica, com vista para as antigas ruínas de La Quille e o Parque Nacional Luberon. A galeria se junta ao Passeio de Arte e Arquitetura do Château La Coste, entre pavilhões de arquitetos renomados como Renzo Piano, Tadao Ando e Jean Nouvel. Em 2011, Richard foi convidado a escolher um local na paisagem especial e teve a liberdade de projetar uma galeria. O local selecionado é remoto e incomum, exigindo design e fabricação personalizados. Projetado para ter o menor impacto possível, o volume é elevado 27 metros acima do terreno densamente arborizado. Seus delicados encaixes e elementos sonoros sustentam a galeria revestida em aço acetinado com acabamento natural, refletindo suavemente a paisagem circundante. As vigas externas de aço laranja diminuem à medida que a construção flutua para fora em balanço. Onde o volume toca o solo, ele o faz sutilmente, contradizendo a robusta engenharia subterrânea que sustenta a estrutura de apenas uma extremidade. De natureza industrial, mas com elegantes detalhes artesanais, o volume é em si uma escultura na paisagem. A transição faz-se pela antiga via romana, atravessando uma ponte para a galeria. Percorre-se a estrutura de apoio onde o visitante experimenta a sensação de quase flutuar. A única sala retangular da galeria emoldura a vista da paisagem através da abertura de 5x4 metros em sua extremidade, além da qual se estende um terraço, sobre o qual os beirais se projetam suavemente para amortecer a entrada de luz entre o interior e o exterior. A física do volume em balanço, em combinação com a atividade sísmica da região, requer técnicas de engenharia e de construção do tipo ponte. A construção e seus materiais deveriam ser flexíveis. Os cabos da entrada, que aterram a estrutura, se contraem e se expandem, sensíveis até mesmo às oscilações de temperatura do clima local. O piso da galeria em resina flexiona em harmonia com a estrutura.































                                  Foto: James Reeves

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